Imortalidade
 
Dentro de mim a imortalidade é um poder impossível, então, para chegar bem perto dela meu ego vasculha todos os caminhos, pelas impressões diferentes tento fazer uma união do passado com o presente e futuro, nessa ligação eu sei sentir que tamanho é esse o de não morrer.

Já para ligar os tempos, faço como se imagina leituras em mim, assim alinho significados plausíveis e assim nasce um traço natural de tempo, mas não é sempre que tenho sentido - à imagem e semelhança de qualquer outro ser humano - e isso é ruim, quero fazer sentido sempre, sentir que tenho em mãos uma propriedade, e nem sempre me tenho.

Não fazer sentido pode ser incidental, eu até me resigno a pensar assim, mas não quer dizer que goste. No entanto, já com alguma carga de inteligência depois de tantos anos, não vou ficar bordando reclamações e juízos para tudo que me parece estranho.

Ser imortal talvez tenha essas duas pernas, de um lado unir os tempos e de outro ter substância íntegra, já essa, totalmente alheia aos juízos, somente refrações em ambientes de passagem inevitável mas nada mais.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008 - 01:09

            Lopes Castro Gustavo


 
  • Verdade de Tolos
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