Gargalhadas de Mim
 
"-Posso sentar ao teu lado e lhe dizer coisas?"

"-Prefiro que sentes à frente de mim e de frente para mim."

"-E as coisas como serão ditas?"

"-Também coisas à frente de mim e de frente para mim."

"-Mas se lhe digo coisas sérias?"

"- Que sejam sérias e que me diga sem nenhum mas!"

"- Ok então, eu não vou mentir, não gosto de você."

"- Sim, e isso é serio."

"- Sim, e sem nenhum mas."

"- Sim, correto, e o quê mais diz?"

"- Eu sempre digo mais, e vou continuar: não gosto de você, e não te quero frente a mim."

"- Ok então, mas isso tem um mas, e você tem que me dizer porque me quer assim."

"- Desejo tua morte, óh! Tua morte! E quer menos que isso quando falo de outro jeito? Quero tua morte em cada mais ou mas que lhe disser, não há escolha, de frente a você lhe digo: quero mais nada, mas isso é um tudo, eu quero você longe de mim."

"- Ok então, vou me levantar e deixar você que veio e se sentou."

"- Ok então, vá, mas não fique aqui. Porque é muito sério o que lhe falei, não te gosto, e isso é o mais que há em mim e o tudo que há para ti."

"- Mas fique certo, bem de frente para si, o nada que tens é maior em mim, eu carrego tanto o que te faz me odiar, que nem mesmo precisei levantar para deixar você ir, fui muito antes de tudo, e tudo virou um mais e a mais de mim, eu não consigo ser igual a você, que chega, conversa e pede para o outro sair, eu prefiro me carregar para longe e sem nenhum mas para ti."

"- Sei... ...está querendo me fazer sentir culpado? Não sabes que é isso que me faz te seguir assim? Eu dou gargalhadas de você, te quero morto, sento aqui na tua frente e falo coisas dos teus lados a te dizer o tudo que está nada dentro de mim, e você quer que eu me sinta culpado? Antes tua obra fosse só tua, e você a carregaria por aí assim, ah! Mas não! Mas não!!! Você leva é sempre alguém do teu lado, ou na tua frente, dizendo coisas de trás, sérias coisas que agora mais e mais estão em mim."

"- Sim, é verdade, quero lhe fazer culpado, e você fez o mesmo assim, encontrou um motivo para eu ser odiado e querer-me morto enfim, mas eu estou aqui cheio de mais de tudo ao meu redor,e o nada exarcerba em nadas, frente a tudo que reconheci, sei de você, e de mim, mas te digo, e isso é o tudo que há de mais aqui: vou morrer, e deixar você do lado de fora de mim."

"- Não se comprometa em se fazer mais ouvido, e nem a se sentir culpado como queres que aconteça aí, sei do teu mas antes do mais por mim, você quer ser herói me matando, morrendo enfim. Não entende? É justamente o que me coloca aqui."

"- Entendo perfeitamente, e por isso lhe deixo me seguir, posso lhe abandonar lá atrás, mas você chega e pede para sentar e dizer que tem coisas a me falar, então compreendo que sou impossível de te entender mas sei o que você quer dizer. Antevejo, quero dizer uma coisa então, posso sentar-me em tua frente?"

"- Sente-se então, e diga-me de frente."

"- Assim, daqui mesmo que ponho eu vejo todos os meus dias em você, e cansei de mim. Onde está o mas nisso tudo? Onde está o mais nisso tudo?"

"- Tentas me confundir, posso lhe dizer uma coisa?"

"- Claro, mas de frente para mim."

"- Vou me levantar e deixar você sentado, ir."

"- Não!! Agora fique e conte-me tua história."

"- Não!! Não posso lhe dizer nada que não seja à frente de você."

"- Então morreremos?"

"- Não, eu até quero isso, mas para nós só há encontro. Nunca nada além de um nada cheio de tudo, nunca um mas com mais, o quê houver de sério nisso, vamos rir e desejar morrer, mas nunca morreremos."

"- És uma boa companhia."

"- Sem nenhum mas?"

"- Sem nenhum mais."

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008 - 05:18

            Lopes Castro Gustavo


 
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