Trevo de Quatro Folhas
 

Acariciei os ovos de dragões que guardo escondidos nas terras fósseis abaixo de meus pés, também fiz tranças nas crinas envelhecidas de unicórnios que minha avó domava, trouxe para amigos um brinquedo de achar constelações, outrora diversão de míticos alquimistas, e quando estava para dormi levantei a mão e atarraxei uma nova lua no céu. Das ideias que tive antes abri gavetas nelas, e a cada descoberta foi um parto de novos caminhos, e de tantos que eram vi neles uma escadaria, por onde desci atrás de quem não tivesse medo de novas ideias, mas não achei, desse sonho meu - um sonho obstetra - li uma verdade escrita em papel-cortiça, pele de árvores lendárias:

"- Existe o medo de novas ideias, há também o pavor, os que preferem ter nenhuma, os que acham que carregam consigo algo inovador, e quando há sorte muito grande, de repente vem o sol em esplendor, eis um trevo de quatro folhas, que deixou de folhas sê-las, para com algo novo ser flor."

quinta-feira, 12 de julho de 2012 - 19:41

            Lopes Castro Gustavo


 
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