Os Rios Inevitáveis
 
Na beirada do vale da morte vejo os rios desaguarem seus últimos instantes, e eu me agacho para me sentir íntimo dessa simplicidade e gigantismo, morro junto de cada gota que ali conflui com todas as outras, uma população de sonhos cristalinos ou turvos como meus olhos ali embebecidos de resignação, que diante do inevitável puxa em desejo as tranças dos leitos para tentar salvá-los de seu fim, mas na garganta desse destino há a inspiração divina deles subirem ao céus, e um dia voltam regados às novas lavouras de esperanças, essas que aqui jamais descem.

Ouvi do Final e do Começo:

"- Somos irmãos de sangue, desse que te rubra com a paixão e na morte dela lhe empalidece."

sábado, 11 de agosto de 2012 - 09:58

            Lopes Castro Gustavo


 
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