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Do Que Passa
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Veio a verdade como uma brisa, não existe mais poesia, a carne foi ferida, o sonho quebrado, o sangue rolou e foi rolado, na mão, na perna, na virilha, enquanto os carinhos eram o amor disfarçado, eu fiz da esperança solitária uma onírica engenharia, construímos todos os dias uma igreja de pecados, e sobe ao púlpito o discurso dos ratos, esses estão espalhados nas folhas que vão com o vento, e nas palavras que não se seguram nelas. Ah! Pudesse eu me alimentar do que já disse, a poesia jamais morreria, nem sangraria.
Decifrei os ícones religiosos ao redor desse velório à luz de mil velas de alegria:
"- Mas agora também, não tem mais ventania."
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013 - 12:12
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