A Amêndoa de Ouro
 
Sei que é no Sol onde planto essa semente, e os dias me trazem cordas para chegar até lá, faço do caminho um embaraço de sonhos, meus e alheios, ou então uma estonteante escada amarrada ao Mistério nos confins do zênite, eu sou uma amêndoa de ouro com sede  de águas vulcânicas prometido à felicidades, e essas folhas douradas vivem das luzes de muitos olhos, mas eu sou livre e voo por todas as estradas, sou o encanto de abelhas cegas, viajantes do Tempo no rastro perfumado da beleza, quando meu crepúsculo e alvorada tocarem seus peitos um no outro parto de minha casca, vou dedilhar os horizontes com meus pés de vento e por ai fazer matas, mas daqui, muito antes disso, eu sou o amuleto do futuro, entediado na fé que só me guarda.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012 - 04:28

            Lopes Castro Gustavo


 
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