Das Borboletas Falidas
 
Guarda de mim essa vontade de chegar ao fundo, de me soltar no sono sombrio da desistência sem culpa. Guarda de mim o que sobrar das cinzas, ando a queimá-las faz tempo. Venta desse fogo a terra e água que é meu sangue só lama, toma de mim esse empurrão e caia comigo no precipício que se formou, uma oração ecoa do silêncio ali, e o ar que inspiro não sustenta os pássaros suspiros, nem a Velha Borboleta tem ao que lhe soprar em seu vôo. Uma oração realmente ecoa dali, meus olhos quase fecham sem nada a levantá-los, ouço e vejo o pesar:
"- Odiosa dor, durma no medo, e ambos no coração dessa cova sem fim."

segunda-feira, 15 de agosto de 2022 - 16:19

            Lopes Castro Gustavo


 
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  • Prece de Deus ao Homem
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  • Dos dias de ir.
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