Ervas de Mim
 
Fiz um chá com toda minha história, colhi as ervas que brotavam pelo jardim, era um dia de chuva, parte do doce na bebida vinha do cheiro no ar, e o ar era frio lá fora, aqui dentro é quente, como uma brisa de montanhas ensolaradas e de mato baixo, havia o suave odor de folhas secas, e se estendeu por todo meu caminho a essência que tomei, passou pelos horizontes, ferveu em saquinhos de tentativas, e o sabor foi gratificante, tomo esse chá vindo de terras longínquas as quais deixo para trás, tomo para ficar em paz comigo, todos os dias vou no meu jardim colher as ervas de mim pelos cantos, trago as montanhas, as chuvas, os odores de mato aquecido, e a cor castanha dos caminhos passados, eu sinto paz quando fervo esse cultivo de essências, bebo com respeito ao calor acendido na ressurreição do melhor nos fatos, e meu coração se aquece nas brisas aqui dentro.

terça-feira, 11 de março de 2008 - 03:13

            Lopes Castro Gustavo


 
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