A Arrogância dos Inocentes
 
Não estou vendo os cavalos que tinha, deixei a porteira aberta? Ou por idade dos meus inimigos suas almas vieram na penumbra e soltaram minhas idéias? Onde foram parar minhas respostas cheias de força? Será que galopa com outros na rédia delas? Ou foi mesmo um atentado ao meu direito de ser inocente? Dormi e deixei que entrassem em mim? Deixei que falassem que não tenho o direito de ter cavalos e opinião? Quem matou meu espírito jogando seus anos para dentro dele e disse-me que sou arrogante? Quem veio na penumbra e por ela só aparece? Eu não tenho sombra, mas meus cavalos estão galopando por onde? Minhas idéias escaparam de noite, bem sei, eu nem vi quem jogou os anos para cima de mim, não vi quem me acusou de ser petulante demais, não vi, quem foi? Certo é que minha inocência galopa em meus cavalos, e meus animais pastoreiam-se nas opiniões de meio mundo, sem sombra de dúvida e à sombra de todo pensamento mais elevado, mas agora, por onde andam minhas idéias? E também quem veio a mim me abrir e esvaziar-me da minha luz interior? É a penumbra por onde se anda o ladrão que veio me roubar os cavalos? Eu não sei, você seria inocente ou arrogante em me dizer?

sábado, 5 de abril de 2008 - 02:05

            Lopes Castro Gustavo


 
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