O Abandono
 
É um gesto puro, simples e irrefreável, eu fiz, você pode fazer, todos nós fazemos quando menos imaginamos, por que não repetir? Abandonar... ...parece tão terrível a história desse verbo, desse gesto, desse libertador.

Quero abandonar tudo, talvez a mim primeiro, ou então aos outros, quero abandonar a tudo, uma a uma das coisas ao redor, não preciso de nada, só de ser inteiro, e nem nisso quero me manter preso, abandonar as idéias e os conselhos, quero ir para sempre, indo, indo, assim, sem parar para ter, para pegar, para sofrer ou manter o já, eu quero ir embora de todos os assuntos, afinal, qual seria minha familia com eles? Eu posso lhe responder mas não quero também laços contigo, nem nas idéias sobre meus passos comigo, fecho aqui minhas apresentações, fecho aqui o fim e começo de tudo, sentado esperando mais nada, ou indo, indo, indo até onde o mar começa, deixando para trás sua vontade de ficar no mesmo lugar, e eu vou atrás dela, sem saber onde vai dar.

terça-feira, 22 de abril de 2008 - 06:37

            Lopes Castro Gustavo


 
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